Com objectivos de:
Melhorar o conhecimento mutuo entre organizacoes Africanas membros da via campesina;
Troca de conhecimentos e experiencia nas diferesntes areas ( Organizacao de camponeses, producao, comercializacao, educacao\formacao, participacao na elaboracao de politicas publicas, incidencia politica;
Definir estrategias de accoes comum para lutar contra a politica neoliberal e para a recuperacao da soberania alimentar nos respectivos paises
Ter uma base de conhecimentos politicos, economicos e sociais, assim como ter conhecimento dos direitos dos camponeses para sua propria disseminacao e multiplicacao destes conhecimentos com maioria dos camponeses que são base social do movimento
Topicos relacionados com a producao de alimentos e comercializao, politicas no acesso e aproveitamento de terra, agua, e outros recursos naturais, producao de biocombustiveis, EPAS, integracao regional, nova revolucao verde,
Foi com base nestes proosios que uma equipa composta pelos senhores Renaldo Chingore Joao- Presididente da UNAC, Rita Joao Resuane- membro do conselho fiscal da UNAC e membro da Uniao Provincial de Camponeses de Niassa, , Assane Juanga- Coordenador na Uniao Provincial de Camponeses de Cabo Delgado e Flaida Jose Macheze- Trabalhadora na Sede da UNAC, se deslocou para Tnazania Junto da MVIWATA- Orgnanizacao de Camponeses de Tanzania.
Primeiro dia
1.Conhecimento sobre MVIWATA
Nascimento
Areas tematicas
Assuntos tansversais
Principais actividades
Membros (Categoias e numero)
Colaboradores
Varios projectos de apoio aos camponeses
Zonas de intervencao
Avancos
2.Visitas do Campo 1º dia
2.1. Visita ao mercado rural em Nyandira- Morogoro.
2.2. Visita a Cooperativa Twaosse (Estamos Juntos)- processamento de leite
2.3. Visita a Cooperativa de Micro Financas
2.4. Visita a Mae Grace Mukwidu- processadora de plantas tradicional
Conhecimento sobre MVIWATA
Nascimento
A MVIWATA- e um movimento nacional de camponeses de tanzania que nasce em 1993 e foi legalmente reconhecida em 1995, congrega 75,000 membros- redes de organizacoes de camponeses, 5,000 grupos. Trabalha em 24 regioes (provincias) das 26 existentes e 350 postos administrativos, não trabalham em duas regioes sendo a de Dar- salam e Arucha por serem zonas mineiras e comerciais respectivamente.
Sendo a universidade agricola sediada em Morogoro a qual promovia seminarios de interesse dos camponesesque levou a criaçao da Organizaçao de camponeses de Tanzania, e estes sentiram a necessidade de a sede ser instalada em Morogora para estar perto da Universidade
MVIWATA nasce com objectivo de representar os camponeses frente dos legisladores e facilitar intercambios e trocas de experiencias entre os camponeses.
Areas tematicas
MVIWATA tabalha nas seguintes areas tematicas:
a) Lobys e advocacia
b) Financas Rurais
c) Comercialiacao
d) Desenvolvimento de estrutura da Base
e) Fortalecimento de grupos de camponeses
Tambem esta involvida em assuntos transversais como:
a) HIV\SIDA
b) Genero
Principais actividades
A MVIWATA para alcançar os seus objectivos, desenvolve as seguintes actividades de apoio aos seus membros.
Formacao e capacitacao para os seus membros
Apoio a organizacao dos camponees em grupos
Edicao e divulgacao de informacoes de camponeses atraves do boletim informativo produzido de quatro em quadro meses.
Divulgacao de informacoes de interesse dos camponeses via radio (uma vez por semana)
Realizacao de encontro anual de prestacao de contas e planificacao anual
Membros (Categoias )
A MVIWATA tem tres categorias de membros
1ª – Constitui membros da MVIWATA grupos de camponeses e individuos
2ª- Qualquer grupo que da apoio aos camponeses
3ª – Qualquer individuo ou associacao que gosta da inicativa e apoia em iniciativas e ideias dos camponeses
Colaboradores
A MVIWATA trabalha com varios parceria com:
Governo da Republica Unida da Tanzania
Governo de Zanzibar
ONGs.
Varios projectos de apoio aos camponeses
A MVIWATA, para alcançar os seios anseios desenhou varios projectos que beneficiam aos camponeses, os seguintes
Comercializacao dos produtos agricolas (construcao de mercados rurais)
Creditos e Micro Financas rurais em Morogoro, Dodoma e Klimadjaro
Fortalecimento de grupos de Camponeses (planificacao de projectos, as boas praticas de agricultura e trabalho em rede - network)
Avancos
A MVIWATA durante o periodo registou avanços significativos nas areas de :
Comercializacao de produtos agricolas atraves dos mercados agricolas
Subida significativa de regioes de intervencao de 6 em 1995 para 24 no presente ano
Formacao de Lideres em Lobby e advocacia
Credito e Micro financas
Promotores camponeses em advocacia
- Participacao na elaboracao de politica do estado
- EPAs
- Aquisicao de insumos agricolas
Depois de minimo conhecimento sobre a organizacao seguiu uma deslocaçao ao campo onde tivemos a oportunidade de visitar e conversar com o mercado rural, de Nyandira, Cooperativa Twaosse (Estamos Juntos), Cooperativa de Creditos e micro Financas a Mae Grace Mukwidu- produtora e processadora de plantas medicinais, disso recolhemos as seguintes experiencias:
2.1. Visita ao mercado rural em …..
O mercado rural é o local onde os camponeses vendem os seus produtos durante toda semana a retalho e nas 2ª e 5ª feiras a grosso a varios comerciantes previamente contactados atraves do Conselho do mercado que negocia os precos compensativos para os camponeses e cria a coordenacao cada vez forte entre os camponees e compradores,
Em termos de estrutura de funcionamento o mercado conta com um conselho de mercado composto por um presidente, 1 v.presidente, 1 seguranca, 1 de saude e 1 financeiro. Os tres ultimos fazem parte de sub conselhos de mercado onde cada um e composto por 1 presidente, 1 vice preidente, um secretario e um membro simples. Estes trabalham diariamente atraves de escala de trabalho, supervisionado por um membro de conselho de mercado por cada dia. Qualquer situacao que queiram alguma intervencao do conselho de mercado, este e contacto oportunamente para sua intervancao. O mercado e foi construido no ambito do projecto de Mviwata, para facilitar aos membros o acesso ao mercado e com precos compativeis. O mercado e gerido pela comudade, atraves do seu conselho de mercado. As taxas de pagamento no mercado e subdividido para o governo e o conselho de Mercado. O fundo para o governo e destinado para reforco do fundo do governo para o desevovimento do distrito e que fica com os membros e para manutancao do mercado e pagamento do pessoal que trabalha a tempo inteiro. Em relacao aos membros do conselho do mercado estes recebem o subsidio de participacao.
As informacoes sobre os precos da semana são divulgados atraves de um quadro informativo fixado no recinto do mercado e atraves de divulgacao radio fonico,
O conselho de Mercado e membros da Mviwata e não pagam nenhuma contribuicao a esta, mas sim recebem apoios tecnicos da organizacao.
2.2. Visita a Cooperativa Twaosse (Estamos Juntos)
Esta Cooperativa e composta por 62 membro dentre 28 mulheres, e estruturado por 1 presidente, 1 vice predidente, um tesoureiro e 1 secretario, todos remunerados com os rendimentos das suas actividade.
Actividade e Funcionamento.
A cooperativa trabalha na producao de yogurte de leite de Ovelha. Os membros fornecem o leite que e posto em inspensao, e e pago apois o processamento e venda do yogurte a preco estipulado de leite. Na venda do Yogurte a cooperativa ganha duas vezes mais o valor do leite, e a diferenca e depositada nos cofres da cooperativa que no fim de cada ano, se encontram para o balanco e distribuicao dos beneficios. A distribuicao e mediante o fornecimento de leite efectuado por cada membro durante o ano. Não so servem do mesmo valor para remunerar os membro que trabalham a tempo inteiro.
A producao dos yogurtes e acompanhada de dias de feiras do mercado para permitir a saida imediata dos produtos.
Para ser membro da cooperativa basta manifestar o ineresse, acompanhado de pagamento de Joia no montante de 12,000$h e uma quota única pagavel num ano de 55,000$h
A cooperativa não e membro da Mviwita, mas recebem apoios tecnicos da organizacao. Individualmente pode ser membro da MVIWATA mediante o pagamento de cartao renovavel anualmente.
2.3. Visita a Cooperativa de Creditos e Micro financas (TCHENZEMA SACCOS)
A cooperativa de credito nasce em 1997 e inicialmente tinha 22 membros e actualmente conta com 242 membros dentre 100 mulheres e restantes homens distribuidos em 23 grupos. A cooperativa nasce por inciativas e financiamnto dos proprios membros atraves de contribuicoes das suas reservas anuais. A cooprativa e estruturada por 1 presidente, 1 vce preidente, 1 secretario-supervsor, um membo simples e um assistente.
A Cooperativa financia as seguintes areas:
Actividades Montante maximo ($h) Taxa de juro Periodos de amortizacao
Comercio 3,000,000 5% mensal anual
Agricultura 500,000 15% na totalidade 6 meses
Insumos agricolas 1,000,000 3% por mês 6 meses a 1 ano
Constucoes 1,500,000 15% no fim do ano 1 ano
Não so, a cooperativa financia compra de carros
Categoria dos membros e acesso a credito
contribuicao ($h) Beneficios
Membro na totalidade 50,000 pago em 5 prestacoes Ate os montantes maximos da tabela acima
Membro não na totalidade 10,000 De 1,000-50,000
20,000 De 80,000-100,000
30,000 De 100,000-250,000
40,000 De 150,000-200,000
Para ser membro da cooperativa,
• Ser igual ou maior a 18 anos
• Carte da pedido de adesao com testemunha de 2 membros activos da cooperativa
• Pagamento da joia no montante de 5,000 $h
Para o acesso a credito não basta as contibuicoes acima, devem reunir igualmente garantias fixas como casa ou machamba.
A cooperativa não e membro da Mviwita, mas recebem apoios tecnicos da organizacao.
Esta e membro da Associacao denominada MOMFISECO onde pagaram 50,000 $h de Joia e 1.000,000 de quotas
2.4. Visita a Mae Grace Mukwidu- produtora e processadora de plantas medicinais
A Mae Grace faz parte de um grupo de 7 membros dentre 6 Mulheres que produzem processam as plantas medicinais de combate as varias doencas que ataca as culturas. Esta pratica e resultado de treinamente que se beneficiaram em 1996 atraves de INADEC,. A Grace individulamente e membro da Mviwata desde 1996. ela direitamente ou indireitamente participa nos grandes encontros de tomada de decisoes da Mviwata atraves da sua rede da zona denominada UZE-ULOLE que significa em Suahili VENHAM VER. Ela produz uma parte de plantas e outras recorre a mata mais proxima. Ela aponta ser vantajosa a utilizacao de produtos organicos por serem saudaveis, baratas e o produto no mercado oferece bons precos.
Em termos de recepcao da iniciativa pela comunidade, ainda e dificil alegam ser tecnicas de pessoas sem recursos.
Como membro da Mviwata, a Grace tem se beneficiado de treimantos organizados pela organizacao, paticipacao na feira de produtos que se sealiza anualmente em Julho e Agosto 7, 7 (Saba-saba) e 8, 8 respectivamente .
Ela paga sua quota de 1,000$h
Terminou assim os trabalhos do primeiro dia quanto eram 17 horas
2º Dia de trabalho
O dia arancou com um ataso inorme por questoes logisticas por lado da Mviwata, mas contudo houve uma deslocacao a Dodoma mais concretamente no posto administrativo de , onde kibaigwa, foi possivel visitar o mecado agricola, o sistema de controlo e fucionamento de sistema de informacao de precos de produtos agricolas dos camponeses.
Na visita foi possivel recolher as seguntes experiencias
a) Breve historial do mercado
A ideia nasce em 1996 atraves de grupo praticante da arte Olaria, que procuravam um espaco livre para a comercializacao dos seus produtos, onde em Dezembro 2002 descobre o local e seguidamente aparecer a oportunidade de um projecto de apoio as comunidades em questoes de comercializacao implementado pela Mviwata atraves de construcao do mercado agricola que em 2004 no mês de Junho deu o seu termino e entra imediatamente em funcionamento. O mercado e propriedade do estado mas funciona sub controlo de um Comite do Mercado composto por um Presidente, 1 Vice Presidente, um secretario, um fiscal e um carregador , destes 2 são da parte do Governo, 2 membros da Mviwata e um do lado dos comerciantes, com responsabilidades de gerenciar o mercado, garantir a ampliacao do mercado, negociacao de precos juto dos comerciantes, entre outros.
O Comite contam com auxilio de uma equipa executiva composta por um Gestor, um assistente de Gestao e outros membros do staff ligado aos assuntos e precos, processamento de produtos agricolas e sistematizacao dos dados, estes remunerados com os fundos das receitas diarias..
O comite reune - se trimestralmente para avaliar o desenvolvimento das actividades e discutir aplicaçao dos lucros acumulados
O mercado esta sub dividido em departamento de comercializacao, fiscalizacao e financas dirigidos pelos oficiais, ajudantes e secretario.
O mercado e de propriedade do estado mas a gestao esta centrada no conselho de mercado e o estado apenas se interessa pela sua parte das receitas que são arrecadadas.
b) Pricipais produtos do mecado
No mercado são vendidos varios produtos provenientes de varias regioes como pode se ver:
Produtos Proveniencia dos produtos (regioes ) Proveniencias dos potenciais compradores Observacoes
Milho Manhara
Dodoma
Tanga
Morogoro
Iringa
Kilimanjaro
Muanza
Morogoro
Puane
Tanga Produzido em grande escala
Amendoim
Feijao
Girassol Manhara
Dodoma Produzidos em pequena escala
c) Sustentabilidade do mercado
Para a sustentabilidade do mercado, estipulou se taxas que garante o funcionamento e ampliacao do mercado. Vejamos:
Distibicao da receita
Receitas para o estado Receitas para o sustento do mercado
Descontos efectuados aos camponeses 2,5$h por Kg 100%
Descontos efectuados aos comerciantes da quantidade que e levada para outros cantos 2,5$h por Kg 70% 30%
NB. Há um sistema de controlo de vendas. Nenhum produtor pode vender o seu produto sem que passe da balanca. E e mediante estes dados que são deduzidos os descontos.
d) Beneficios do mercado para os usuarios
Os membros apontaram como vantagens para os usuarios do mercado:
Por ser mais seguro
O sistema de balanca e verdadeiro
A taxa de pagamento e menor do que se paga nos outros mercados de 7,5 $h
e) Funcionamento do sistema de circulacao de informacoes do mercado
As informacoes dos precos são diarias atraves de uma base previamente negociado entre o Governo, Conselho de Mercado e representantes dos camponeses. O Staff diariamete fornece telefonicamente os precos as comunidades att do onselho distrital, atraves de coordenacao executiva da base que espalha aos produtores, certo dos precos os camponeses evacuam os produtos ao mercado. Tem se registado problemas de transporte, acontecendo assim esperam o dia seguinte com nova tabela de precos. Os precos flutuam mediante a procura dos podutos. Não apontaram problemas de alocacao ds produtos. Atraves do sistema de comercalizacao ora em implementacao resolver a situacao do mercado. (experiencias dquiridas atraves de conselho distrital da vila de Ngomai)
No conselho de Mercado 2 membros fazem parte de MVIWATA e pagam suas quotas de 1,000 $h
Liçoes aprendidas
Concordancia de preços entre os produtores
Construcao de mercados rurais (Celeiros comunitarios)
Criaçao de fundos para a manutençao do mercado e pagato do pessoal
Informaçoes do mercado com envolvimento do estado nas decisoes sobre os pecos
Constiuiçao de comites mistos (Camponeses e Governo) permite uma interacao entre as partes
3º Dia de trabaho
Foi a continuacao de mutuo conhecimento entre as duas organizacoes, a MVIWATA deu continuidade ao fornecimento de informacoes da sua organizacao, experiencia de Paticipacao das duas organizacoes na via Campesina, experiencias sobre formacao e educacao, participacao na elaboracao de politicas publicas, acesso a terra, producao, EPAS e participacao de Mulheres e Jovens na vida do movimento.
Em relacao a UNAC
A Equipa deu o histoial de nascimento da UNAC, seus objectivos, atreas temativas e transversais, Principais actividades, Membros (Categoias e numero de membros), Colaboradores e os Avancos,
Seguidamente foi posta as vantagens de participacao das duas organizacoes na via campesina onde foram mesinaonadas:
Oportunidade de trocas de experiencias entre camponeses de todas regioes membros da via campesina
Aarticipacao em varias lutas comum (reformas agrarias,, consolidacao da soberania alimentar, direito dos camponeses, mudancas climaticas, valorizacao de agricultura ecologica, combate a semente geneticamente modificadas, combate a producao de monocultuas, lutas sobre os desniveis entre os pobres e ricos, EPAs entre outros)
Para alem das vantagens falou da estruturascao da via campesina por regioes, Conselho Cordenador Internacional, Secretariado Operativo internacional.
Em relacao as experiencias sobre formacao e educacao,
Quer a UNAC assim como a Mviwata, estao preocupados com a formacao dos camponeses para o aumento e capacidades dos seus membros atraves de formacoes regulares, promocao de intercambios entre o camponeses, formacao de promotores, formadores, edicao de boletins entre outros.
Participacao na elaboracao de politicas publicas,
Quer a UNAC assim como Mviwata, promovem lobys e advocacia para influencias com suas ideias na elaboracao de politicas, mas os resultados não são encorajadores na medida que os governantes não poe em consideracao algumas opinioes dos camponeses ( deu se exemplo em ambos paises a questao de EPAS, revolucao verde e de sementes geneticamente modificadas)
Acesso a terra, producao,
Em relacao a terra, a situacao de tanzania assemelha a de Mocambique, as leis dos dois paises visualiza vantagens para os camponeses, mais na implementacao, há sempre problemas entre os pequenos e medios produtores.
Participacao de Mulheres e Jovens na vida do movimento
Quer tanzania assim como Mozambique, a situacao de paricipacao de Mulheres e jovens constitue uma preocupacao. Para Mozambique os dados estatistico mostra que o maior numero de membros são mulheres mas a preocucao e de ocupacao de postos de lideranca e a sua participacao activa na tomada de decisoes. Para os jovens assim como mulheres a UNAC partilhou com tanzanias das accoes concretas que motiva a paricipacao deses na vida do movimnto.
Para tanzania não constituia preocucao de participacao de mulheres, mas actualmente e uma grande perocupacao.
4º dia
No quarto dia a brigada se escalou em Zanzibar, onde foram recebidos pelos governantes da Agricultura, que falaram do seu trabalho de pesquisa de agricultura, das accoes conjuntas entre o governo e Mviwata sobre tudo na promocao e trocas de experiencias e formacoes em novas tecnicas agricolas.
Seguidamente visitou se o mercado agricola de Zanzibar, uma inciativa dos camponeses de cambio de produtos agricolas com o continente. Estes cabiam os temperos produzidos em Zanzibar com os produzidos no continente. Actividade que se encontra na fase experiemntar mas que indicios de resultados encorajadores. Atraves de accoes de lobys os camponeses conseguiram junto do municipio um espaco (mercado) para a venda dos seus produtos.
Visita a uma iniciativa de producao de plantas fruteiras e medicinais
Em Zanzibar, visitamos uma iniciativa de um produtor de nome Fumo Ali Jaro. E um campones por suas iniciativas produz frutas tropicais, temperos e arvores medicinais.
A iniciativa nasce em 2000 com objectivos de alimentar a sua familia, treinar outros camponeses na producao destas culturas e servir de campo de demonstracoes para os estudantes da universidade.
O produtor apontou varias vantagens na sua producao na medida que e muito visitado pelos turistas.
Ele produz
Especie utilidade
Cacau Tempero
Libertar as mulheres para ser mais activa\abertas
Gengibre e papaia Emolecer a Carne
Tosse
Vomito na viagem
Tchumerick\majano Trata a vista
Limpa brubulhas na cara
Vanila Poe se no leite
Cadamon Solusso
Crianca que chora anoite
Mata cheiro de bebida
Sinamon Tempero para o arroz
Fabrico de Viks
Combate diabete
Combate tensao
Pimenta preta Cura a bariga pos parto
Aumenta potencia sexual.
Cooperativa que desenvolveu lobys e conseguiu um espaco de terra.
Uma cooperativa que foi treinada em Lobys e advocacia, foi visitada, esta conseguiu um espaco de terra larga para desenvolvimento das suas actividades, resultado das formacoes organizadas por MVIWATA.
Parque nacional de Zanzibar
No final do dia, a equipa visitou o parque nacional onde teve a oportunidade de ver animais selvagens como os macacos diferentes das vulgares. Não so a equipa visitou igualmente uma iniciativa comunitaria de criacao de tartarugas, com fins apenas de turismo.
Visitamos numa larga mata de mangais para presenciar as riquesas que as comunidades detem.
No Ultimo dia houve um balanco da vista, onde ambas partes maniestaram gratidao pela troca de experiencia que tanto vai contribuir para o desenvolvimento de actividades.
Falou dos passos subsequentes como:
Programas de divulgacao da experiencia aos camponeses membros da UNAC
Levantamete sobre as infraestruturas (armazens ) existentes anivel das associacoes e unioes membros
Elaboracao de projecto de comercializacao (reabilitacao ou construcao de armazens…..)
Fomacao de promotores de comercializacao.
Realizacao de visitas conjutas UNAC e Mviwata de expansao de experiencias de comrcializacao e outras
Visita da MVIWATA a Moçambique para treinamentos aos membros sobre o sistema de comercializaçao (mercados agricolas) em particcular
Lições aprendidas
Resultados alcançados:
Na concernente ao mutuo conhecimento entre organizações Africanas membros da via campesina, definir estratégias de acçoes comum para lutar contra a politica neoliberal e para a recuperação da soberania alimentar nos respectivos países, ter uma base de conhecimentos políticos, econômicos e sociais, assim como ter conhecimento dos direitos dos camponeses para sua própria disseminação e multiplicação destes conhecimentos com maioria dos camponeses que são base social do movimento, assim como alguns tópicos relacionados com políticas no acesso e aproveitamento de terra, água, e outros recursos naturais, produção de biocombustiveis, EPAS, integração regional, nova revolução verde, as duas organizações de camponeses se reuniram e partilharam as experiências tendo recolhido as seguintes experiências.
Em relação ao mutuo conhecimento
As duas oaganizaçoes trabalham nas mesmas linhas de orientação como podemos ver:
MVIWATA UNAC
Nascimento
A MVIWATA é um movimento nacional de camponeses de Tanzânia que nasce em 1993 e foi legalmente reconhecida em 1995, congrega 75,000 membros redes de organizações de camponeses, 5,000 grupos. Trabalha em 24 regiões (províncias) das 26 existentes e 350 postos administrativos, não trabalham em duas regiões sendo a de Dar Es Salaam e Arucha por serem zonas mineiras e comerciais respectivamente.
Sendo a universidade agrícola sediada em Morogoro a qual promovia seminários de interesse dos camponeses que levou a criação organização dos camponeses de Tanzânia, e estes sentiram que a sede fosse instalada em Morogora para estar perto da Universidade Nascimento
UNAC e um movimento de Camponeses do sector familiar em Moçambique. Esta nasce em 1987, quando os lideres de organizações camponeses de Moçambique aperceberam se da necessidade de criação de uma organização nacional própria, capaz de representar e \ ou salvaguardar os seus interesses perante os orgaos administrativos legissltivos competentes face ao clima sócio econômico emergido na entrada em moçambique na economia do mercado. As associações e cooperativas agro pecuárias criaram então o núcleo de apoio as cooperativas do pais, que funcionou ate a realizacao de assembleia constitutiva em e em 1994 foi juridicamente reconhecida.
Objectivos
Representar os camponeses frente dos legisladores e facilitar intercambio e trocas de experiências entre os camponeses em diversas áreas . Objectivos
Representar e \ ou salvaguardar os seus interesses perante os oragos administrativos legislativos competentes
Áreas temáticas
Loby e advocacia (Elevação de poder aos camponeses)
Finanças Rurais
Comercialiaçao
Desenvolvimento de estrutura da Base
Fortalecimento de grupos de camponeses Áreas temáticas
Terra
Comercialização
Extensão Rural participativa
Elevação da voz do camponês
Assuntos transversais
HIV\SIDA
Gênero Assuntos transversais
Soberania alimentar
Hiv \ Sida
Gênero
Principais actividades
Formação e capacitação para os seus membros
Apoio a organização dos camponeses em grupos
Edição e divulgação de informações de camponeses através de boletim informativo produzido quatro em quadro meses.
Divulgação de informações de interesse dos camponeses via rádio (1 vez por semana)
Realização de encontro anual de prestação de contas e planificação anual Principais actividades
As actividades da UNAC tem se fundamentado no aumento da sua capacidade como movimento para responder activamente aos desafios da base:
Em ser cada vez mais a voz representativa e audível para defender os seus interesses sociais,, económicos e políticos dos camponeses com vista atingir um desenvolvimento sustentável
Na intensificação de acções que contribua no aumento de capacidades de produção
Na promoção e ampliação da auto organização dos camponeses com vista ao fortalecimento dinâmico das comunidade
Membros (Categorias e numero)
Grupos de camponeses e indivíduos
Qualquer grupo que dá apoios aos camponeses
Qualquer indivíduo ou associação que gosta da iniciativa e apoia em iniciativas e ideias dos camponeses
MVIWATA conta com 75,000 membros redes de organizações de camponeses, 5,000 grupos. Trabalha em 24 regiões (províncias) das 26 existentes e 350 postos administrativos, Membros (Categorias e numero)
Membros fundadores
Membro efectivos
Membros benemérito
Membros honorários
A UNAC a nível do pais conta com 1.300 Associações, 82 Uniões Distritais, 7 Uniões Provinciais, 4 Núcleos provinciais e 87.000 indivíduos.
Colaboradores
Governo da Republica Unida da Tanzânia
Governo de Zanzibar
ONG. Colaboradores
A UNAC colabora com várias organizações como
-Governo
- ONG
- Redes
Vários projectos de apoio aos camponeses
Comercialização dos produtos agrícolas (construção de mercados rurais)
Créditos e Micro Finanças rurais em Morogoro, Dodoma e Klimadjaro
Fortalecimento de grupos de Camponeses (planificação de projectos, as boas praticas de agricultura e trabalhos em redes-network) Vários projectos de apoio aos camponeses
Avanços
Comercialização de produtos agrícolas através dos mercados agrícolas
Subida significativa de regiões de intervenção de 6 em 1995 para 24 no presente ano
Formação de Lideres em Lobby e advocacia
Créditos e Micro finanças
Promotores camponeses em advocacia
- Participação na elaboração de politica do estado
- EPAs
- Aquisição de insumos agrícolas
Avanços
Reconhecimento por lado do Governo e outras organizacoes da UNAC ser o interlocutor dos camponeses no pais
Influencias efectuadas nas varias leis (terra, decreto das associações agro pecuárias , ….)
Nascimento de mais uniões provinciais
Dificuldades
Política neoliberal
Fraca valorização da posição dos camponeses sobre os seus direitos de terra, recursos naturais, Produção de biocombustiveis, EPAS, integração regional, revolução verde. Dificuldades
Politica neoliberal
Fraca valorização da posição dos camponeses sobre os seus direitos de terra, recursos naturais, Produção de
Em relação as experiências sobre formação e educação,
Quer a UNAC assim como a MVIWATA, estão preocupados com a formação dos camponeses para o aumento e capacidades dos seus membros através de formações regulares, promoção de intercâmbios entre o camponeses, formação de promotores, formadores, edição de boletins entre outros.
Participação na elaboração de politicas publicas,
Quer a UNAC assim como MVIWATA, promovem lobby e advocacia para influencias com suas ideias na elaboração de politicas, mas os resultados não são encorajadores na medida que os governantes não põe em consideração algumas opiniões dos camponeses ( deu se exemplo em ambos países a questão de EPAS, revolução verde e de sementes geneticamente modificadas)
Acesso a terra,
Em relação a terra, a situação de Tanzânia assemelha – se a de Moçambique, as leis dos dois países mostram vantagens para os camponeses, mas na implementação, há sempre problemas entre os pequenos e médios produtores.
Participação de Mulheres e Jovens na vida do movimento
Quer Tanzânia assim como Moçambique, a situação de participação de Mulheres e jovens constituem uma preocupação. Para Moçambique os dados estatísticos mostram que o maior numero de membros são mulheres mas a preocupado e de ocupação de postos de liderança e a sua participação activa na tomada de decisões. Para os jovens assim como mulheres a UNAC partilhou com Tanzânia as acções concretas que motivam a participação dos mesmos na vida do movimento.
Para tanzânia não constituía preocupaçao a participação de mulheres, mas actualmente é uma grande preocupaçao.
Depois de mínimo conhecimento sobre a organização seguiu uma deslocação ao campo onde tivemos a oportunidade de visitar e conversar com alguns membros do conselho do mercado rural, de Nyandira, Cooperativa Twaosse (Estamos Juntos), Cooperativa de Créditos e micro Finanças a Mãe Grace Mukwidu- produtora e processadora de plantas medicinais, disso recolhemos as seguintes experiências:
Nas discussões foi visto que o importante é trabalhar de forma conjunta para a recuperação da soberania alimentar e produzir bons resultados nas lutas campesinas e ser cada vez mais participante na via campesina, como:
Promoção de mais trocas de experiências entre camponeses de todas regiões membros da via campesina
Ser cada vez forte na participação em varias lutas comum (reformas agrarias,, consolidação da soberania alimentar, direito dos camponeses, mudanças climáticas, valorização de agricultura ecológica, combate a semente geneticamente modificadas, combate a produção de monoculturas, lutas sobre os desníveis entre os pobres e ricos, EPAs entre outros)
Produção e comercialização
Em Tanzânia aprendeu - se das valiosas experiências de produção e comercialização de produtos dos camponeses.
Produção
proposta da MVIWATA e o incentivo de produção ecológico, para tal esta promove vários treinamos aos promotores na produção de plantas medicinais para o combate as pragas que são acompanhados de programas de divulgação junto dos camponeses, promoção de feiras de produtos agrícolas e de plantas medicinais que se realiza anualmente em Julho e Agosto 7, 7 (Saba-saba) e 8, 8 respectivamente . estes desafios tem em vista a contrariedade de produção de culturas com sementes geneticamente modificadas. Nestes programas procuram igualmente desencorajar aos camponeses aderência de programas de produção de monoculturas. Visitamos um programa de multiculturas, onde numa pequena parcela produz se variedades de culturas e da bons resultados.
Incentivam igualmente a criação de animais para obter leite para comercialização, e que por sua vez este e transformado em iogurte produzido também para a comercialização
Comercialização
Os camponeses beneficiários de programa da MVIWATA, não tem sempre onde comercializar os seus excedentes agrícolas, a MVIWATA desenvolve um projecto de comercialização agrícola através de mercados construídos a nível das comunidades, beneficiando assim varias regiões. São mercados construídos no âmbito de projectos concebidos pela MVIWATA, mas que a gestão e da responsabilidade da comunidade. Têm um sistema invejável de gestão, onde os camponeses assim como os compradores têm suas taxas de pagamento pela utilização do mercado que tanto lhes traz benefícios, e estes valores são programados para a gestão do mercado (ampliação, compra de maquinas de processamentos dos produtos dos camponeses, pagamento de pessoal que trabalha a tempo inteiro, entre outros) tem um conselho de mercado constituídos pelos membros da MVIWATA e Governo, que são responsáveis pela gestão dos mercados. A presença de membros de governo, traz igualmente vantagens na discussão de preços de produtos agrícolas e nas concertações de assuntos de interesse dos camponeses e compradores.
Tem um sistema de circulação de informações de preços diários de mercado, através de quadros fixos nas sedes de postos administrativos que diariamente actualizam aos camponeses sobre os preços de produtos agrícolas no mercado agrícola. Os camponeses não vendem os seus produtos a preços inventados individualmente tem tabelas compensativos de preços, caso o produtor não concorde adia a sua venda para o dia seguinte.
Os camponeses organizam a sua produção e vendem coletivamente com preços compensativos e mediante um controlo rigoroso da blança. Nenhum camponês fica lesado. Os camponeses preferem aqueles mercados porque somam vantagens sobre os preços de venda, a taxa de pagamento de mercado e a própria segurança do mercado.
Lições aprendidas
Concordância de preços entre os produtores
Construção de mercados rurais (Celeiros comunitários)
Criação de fundos para a manutenção do mercado e pagar salario do pessoal
Informações do mercado com envolvimento do estado nas decisões sobre os pecos
Constituição de comités mistos (Camponeses e Governo) permite uma interacção entre as partes
Mercado agrícola
Créditos e Micro finanças Comunitárias.
A MVIWATA tem um programa de Créditos e micro finanças, queridos pelas comunidades nas componentes de Comercio de produtos de primeira necessidade, actividades agrícolas, Insumos agrícolas, melhoramento de condições de habitação e transportes. Este programa tem em vista a redução de dependência de instituições vocacionadas em créditos, pois os camponeses não reúnem condições das varias garantias que são exigidos. Para os camponeses que pretendem adquirir os créditos tem suas condições que são exigidos mas de alcance para os camponeses, os seguintes: pagamento de jóias e quotas, garantias de suas terras e residência. No relatório dos factos visualiza o funcionamento do credito. Este e um programa que esta dando êxitos.
Parque nacional de Zanzibar
No final do dia, a equipa visitou o parque nacional onde teve a oportunidade de ver animais selvagens como os macacos diferentes das vulgares. Não só a equipa visitou igualmente uma iniciativa comunitária de criação de tartarugas, com fins apenas de turismo.
Visitamos numa larga mata de mangais para presenciar as riquezas que as comunidades detêm.
No Ultimo dia houve um balanço da vista, onde ambas partes manifestaram gratidão pela troca de experiência que tanto vai contribuir para o desenvolvimento de actividades.
Falou dos passos subsequentes como:
Programas de divulgação da experiência aos camponeses membros da UNAC
Levantamento sobre as infra-estruturas (armazéns) existentes a nível das associações e uniões membros
Elaboração de projecto de comercialização (reabilitação ou construção de armazéns….)
Formacao de promotores de comercialização.
Realização de visitas conjuntas UNAC e MVIWATA de expansão de experiências de comercialização e outras
Visita da MVINWATA a Moçambique para treinamentos aos membros sobre o sistema de comercialização (mercados agrícolas) em particular
lundi 18 octobre 2010
Relatorio de troca de experiencia entre a CNOP Mali e a COPACO de RDC
I. INTRODUÇÃO
Foi no âmbito dum projeto de troca de experiências elaborado pela Via Campesina (LVC) Africa 1, que efetuámos uma visita de troca de experiência com a COPACO em Congo, de 26 a 31 de Julho de 2010.
A delegação era composta por Lamine COULIBALY, coordenador da região Africa 2 da Via Campesina, e de Boba Abed NEGO DAKOUO, presidente da Comissão de Cereais da AOPP – Associação das organizações profissionais camponesas, membro da CNOP.
Os objectivos da visita de intercâmbio eram os seguintes :
- Melhorar o conhecimento mútuo entre organizações africanas membros da LVC
- Intercambiar saberes e experiencias em distintas áreas (organização, produção, comercialização, formação, participação na construção de políticas públicas, incidência política, etc.)
- Establecer estratégias comuns de acção e de luta contra as políticas neoliberais e pela recuperação da soberania alimentar nos respectivos países
- Ter uma base de conhecimentos tanto políticos, económicos, sociais, assim como sobre os direitos dos camponeses, pela difusão e multiplicação desses conhecimentos junto á maioria dos camponeses que conformam a base social do movimento em África.
II. Relatório da visita
Chegamos no dia 26 à noite e fomos hospedados no Centro Liloba. As actividades começaram no dia 27 por uma visita das instalações da COPACO e uma breve apresentação da organização, seus membros, e membros do conselho de administração, antes duma reunião com as mulheres e com os jovens.
Antes do encontro de mulheres, seguindo a tradição da Via Campesina, organizou-se uma “mística” onde as mulheres apresentaram alguns problemas que têm que enfrentar, em particular os pássaros que destroiem tudo o que elas semeiam.
Logo a seguir, os temas dos debates foram entre outros: produção, transformação, comercialização, soberania alimentar e mudanças climáticas.
Em relação aos diferentes temas expostos, podemos constatar todas as dificuldades que essas mulheres devem enfrentar nos seus trabalhos, nomeadamente a nível da produção, do escoamento dos produtos para o mercado (transporte), venda, conservação de alimentos no âmbito da valorização dos produtos locais, irrigação para horticultura, dado que os espaços dedicados à horticultura não estão limpos por causa das aguas residuais. A pesar de todas as dificuldades, saudámos os esforços que elas fazem para com outras mulheres principalmente da capital Kinshasa, em matéria de sensibilização em prol de um consumo de produtos locais. E para apoiar as mulheres nesse sentido, a COPACO estableceu a data de 15 de Maio como sendo o Dia da Cozinha Congolesa, dia em que cada ano em todas as explotações familiares se recomenda o consumo de produtos locais.
A delegação da CNOP reagiu perante os diversos temas em função de cómo são vividos no Mali, em particular no que diz repeito à mecanização da Agricultura e os tractores, havendo em Mali o exemplo duma fábrica de montagem de tractores que não foi uma política que atingiu seu alvo. Do mesmo modo, acerca das mudanças climáticas, o exemplo foi dado do programa de chuva iniciado pelo Estado de Mali.
A tarde, realizou-se o encontro com os jovens da COPACO. Debatiu-se sobre as dificuldades da juventude congolesa na agricultura, das políticas de ajuda aos jovens em geral, em particular a juventude camponesa, nas areas de produção e comercialização.
Pudemos constatar que não existem políticas da parte do governo congolês com objetivo de apoiar a juventude camponesa e rural, isso devido ao facto de que a agricultura não é considerada uma prioridade nas políticas de desenvolvimento do país. Os jovens camponeses, que geralmente praticam horticultura e um pouco de criação de gado, tem que enfrentar o problema do escoamento da sua produção, em particular estradas e transportes, que prejudicam a comercialização.
Por isso, a COPACO está a sensibilizar a sociedade e os políticos para dar mais espaço e importãncia à agricultura.
No caso do Mali, mencionamos a existência da Agência de Promoção dos Jovens (APEJ), que chegou de instalar jovens recém-diplomados no campo, dando terra a eles. Os jovens da COPACO ficaram impressionados, e viram que pelo menos o estado de Mali presta atenção à sua juventude, o que não é o caso em Congo, onde a juventude é marginalizada.
- 3º e 4ºdia
O 3º dia da nossa visita foi dedicado a uma saída até o planalto “Batéké”, para nos encontrarmos com algumas organizações de camponeses membros da COPACO. Esta viagem começou com a visita à organização CRNEBES, um agrupamento de umas 30 familias dispondo de 3 hectares de terra cultivavel. Pudemos constatar que nessa explotação familial, a associação de algumas culturas como por exemplo: feijão verde com mandioca, que é a cultura básica no país, milho, gergelim. Ao lado dessas culturas, se pratica também horticultura, entre outras a cultura da maranta. Entendimos também que todas as 30 familias trabalham nos 3 hectares e se repartem a colheita no fim da safra. Aí vimos a diferença com Mali, em particular no que diz respeito ao tamanho da machamba, e ao facto de 30 familias partilharem 3 hectares.
Depois de CRNEBES, que só faz agricultura e horticultura, fomos até Mongata para visitar a Associação dos Farmeiros Independentes (AFI), especializada na criação de gado, guarda e venda de gado na parte oeste do país, onde passamos a noite. Pudemos ver que a criação de gado só se faz na parte oeste e este do país. A pesar dos esforços fornecidos por esses criadores de gado, também enfrentam problemas de transporte do gado. Também problema com a lentidão das vendas (1 mês ou mesmo 2 meses nalguns casos), e quando se fazem, muitas vezes fazem-se na base do crédito,onde serão precisos varios meses até receber o valor total da venda.
A outra constatação é que as raças criadas não produzem leite, e sabemos que essa associação venda de gado com venda de leite seria muito complementar e benéfica para a associação e as familias em particular, em particular nos períodos sem produção ou quando o dinheiro duma venda de gado demora a entrar.
Esta proposta que lhes fizemos, e exemplos muito concretos como os da mini-leiterias que estão a ser desenvolvidas noMali, suscitaram muito interesse da parte deles.
. O 4o dia foi dedicado a uma visita ao centro de campesinato de Nkiema, um centro que foi iniciado em 1958 pelos Belgas para desenvolver agricultura e criação de gado, para instalar pessoas sem emprego, no campo para trabalhar a terra. Hoje em dia este centro pertence ao Estado congolês, que deu á COPACO a responsabilidade de o gerir, já que é a unica concertação de todas as organizações de camponeses do país. Com 10.500 ha, um 1/3 ainda não está a ser utilizado, a pesar das doaçoes e subsídio em insumos que o Estado fornece ás familias que vivem no local.
As culturas semeadas são entre outros: mandioca, amendoim, feijão, milho, e o gado é principalmente o gado pequenino como a cabra e aves de criação. Também se pratica a associação de culturas no Centro, e a média da superficie por familia é 1 hectare.
Embora o Estado tenha instalado essas familias num terreno que pertence ao estado, há muitos chefes costumeiros que vêm ameaçar com a venda do terreno.
Podemos dizer que este Centro é uma iniciativa de saudar, resta à COPACO sensibilizar a população para que vá ocupar esse espaço e assim contribuir ao desenvolvimento da agricultura.
- 5º dia
O 5o dia consitiu na vista a horticultores agrupados na Associação pela Proteção do Meio Ambiente (APE). Conseguimos chegar até lá depois de muitas dificuldades na estrada de aréia, onde os 4x4 passam com menos dificuldades.
Criada em 1998, a associação trabalhar em 50 hectares, fazendo cultura associativa como : batata-taraud, matanta, moréal. As sementes para essas culturas sempre são compradas. A média de terra alocada a uma familia é de 1 hectare. Os problemas encontrados geralmente são problemas de espaço, de ferramentas e material, e de sementes.
Explicamos como fazemos em Mali em matéria de horticultura.
A visita continuou com o encontro com a Associação de Carniceiros e Farmeiros do Congo (ABFECO), outra associação membro da COPACO cuja missão é acompanhar os criadores de gado vindo de Bandundu e de Bacongo, onde são activos. A associação, oficialmente reconhecida em 2006, tem um matadouro onde se abatem entre 15 e 16 bois por dia. O clientes são os carniceiros que vêm aqui comprar a carne que depois revendem à população, e grandes climentes como são os supermercados ou mesmo familias.
A pesar dos esforços fornecidos, persistem dificuldades como ter clientes que compram a carne a crédito, taxas do Estado demasiadas elevadas, transporte do gado e da carne, considerando o estado das estradas e a distância para encaminhar-la até a capital.
Falamos sobre o que se faz no Mali nesse sector, e isso levantou muito interesse.
A ultima visita nesse dia foi para a Associação pela Promoção dos Camponeses dos Distritos de Kwango e Kwilu (APDK). Essa associação foi criada em 1996 com o propósito de facilitar o escoamento dos produtos dos camponeses que tinham muita dificuldade para o fazer. O mais sorpreendente é que, embora sua actividade sendo o transporte de produtos, não dispôe de veículos próprios, e tem que os alugar a donos que criam muitos problemas em particular com o pagamento do combustível, ou de manutenção em caso de avarias na estrada, a pesar de os contratos serem assinados anticipadamente. Esses contratos geralmente mencionam o facto de que deve se pagar uma garantia ao dono do veículo, e que as despesas de manutenção estão à carga do dono.
Do nosso ponto de vista, isso é uma actividade de risco, porque endivídam-se para pagar a garantia ao dono do carro, ou pagar o combustível ou tratar do carro nos casos de avaria, e a negação da parte do dono de tomar conta desses aspectos a pesar do contrato assinado. Também parece que esse trabalho não é rentável, mesmo se eles se empenham para o manter em pé.
Por esses motivos, aconselhamos a eles para rever sua maneira de fazer, e ao mesmo tempo sugerimos para que elaborassem um projecto com o objectivo de desenvolver seu trabalho com a ajuda da COPACO, que poderá talvez submeter a parceiros para financiamentos.
6º dia
O 6º dia foi dedicaco a uma reunião com todos os responsaveis de organizações membros da COPACO, para debater temas como Soberania Alimentar, APEs, OGMs, açambarcamento de terras e agrocombustiveis.
Considerando os debates tidos, nossa conclusão é que os problemas são quase os mesmo, assim como as actividades levadas a cabo, mesmo se nalguns casos o ângulo é um pouco difrente.
Sobre o tema da Soberania Alimentar, a COPACO como a CNOP está a defender este conceito no país para que o governo possa elaborar politicas que favoreçam seu desenvolvimento. Uma das actividades é o dia da cozinha congolesa a cada 15 de Maio, que é um dia de consumo de produtos locais em todas as familias camponesas da COPACO.
Em relação aos APES, nossa posição comum é muito clara, é um NÃO categórico, porque não estamos a ver quais vantagens hão de tirar os camponeses e seus productos frente a outros vindo de outros países para invadir nossos mercados locais.
Em relação dos OGMs, também nossa posição comum é negativas, e a COPACO está a levar a cabo actividades de sensibilização para seus membros. O que não é o caso em Mali porque um Lei foi aprovada para introduzir os OGMS, a pesar dos esforços e das lutas levadas pelas organizações de camponeses e da sociedade civil.
Sobre o tema de açambarcamento de terras, chegamos a conclusão que é um fenomeno que não só tem cada vez mais impacto, mas que se averigua em quase todos os países africanos. Em Congo, as zonas afectadas são Katanga, Bacongo, Gassaye, Kivu etc. Em Mali, a zona mais afectada é o Office do Niger, a principal zona produtora de arroz do país..
7º dia foi dia de descanso e visita guiada pela cidade de Kinshasa.
8º dia: era dia da nossa saída de Congo, mas ainda assim de manhã participamos dum debate televisivo organizado pela COPACO nas suas instalações. O objectivo era que nós, os Malianos, dessemos nossa posição sobre os temas como a soberania alimentar, os OGMs, a comercialização, açambarcamento de terras, para mostrar à população congolesa que as lutas dos camponeses são as mesmas, seja onde for.
III. IMPRESSÃO E AGRADECIMENTOS
Ficamos bastante impressionados com a organização da visita, a maneira como fomos recibidos, a mobilização das organizações membros a volta da nossa presença entre outros. Ficamos impressionados também pelo sistema de cultura que se beneficia de 2 temporadas de chuva, a grande que vai de Agosto até Outubro, e a pequena que vai de Fevereiro até Março.
Deploramos no entanto a falta de veículos da COPACO, que a pesar de ser o único quadro de concertação das organizações camposesas do país e a pesar da sua influência a nível político, não tem neste momento um único carro. Isso dificultou bastante as visitas às organizações membros, porque tivemos que ir de transportes semi publicos, conhecendo que esses veiculos não andam rapido, além dos engarrafamentos.
Nos alegramos desta visita de troca de experiência, foi muito positiva porque trocamos conhecimentos e práticas de ambos lados. Além idisso, nos permitiu ver com olho externo o dinamismo das nossas organizações de camponeses, e ver todos os esforços consentidos para o desenvolvimento da agricultura em Africa.
E enfim, queremos agradecer sinceramente a COPACO e todo seu pessoal, que a pesar dos recursos limitados se investiram totalmente para o éxito desta visita de troca de experiência. Nossos agradecimentos vão também para a Via Campesina Africa 1 que teve a boa iniciativa de elaborar esse projecto e de encontrar o financiamento para sua implementação.
Foi no âmbito dum projeto de troca de experiências elaborado pela Via Campesina (LVC) Africa 1, que efetuámos uma visita de troca de experiência com a COPACO em Congo, de 26 a 31 de Julho de 2010.
A delegação era composta por Lamine COULIBALY, coordenador da região Africa 2 da Via Campesina, e de Boba Abed NEGO DAKOUO, presidente da Comissão de Cereais da AOPP – Associação das organizações profissionais camponesas, membro da CNOP.
Os objectivos da visita de intercâmbio eram os seguintes :
- Melhorar o conhecimento mútuo entre organizações africanas membros da LVC
- Intercambiar saberes e experiencias em distintas áreas (organização, produção, comercialização, formação, participação na construção de políticas públicas, incidência política, etc.)
- Establecer estratégias comuns de acção e de luta contra as políticas neoliberais e pela recuperação da soberania alimentar nos respectivos países
- Ter uma base de conhecimentos tanto políticos, económicos, sociais, assim como sobre os direitos dos camponeses, pela difusão e multiplicação desses conhecimentos junto á maioria dos camponeses que conformam a base social do movimento em África.
II. Relatório da visita
Chegamos no dia 26 à noite e fomos hospedados no Centro Liloba. As actividades começaram no dia 27 por uma visita das instalações da COPACO e uma breve apresentação da organização, seus membros, e membros do conselho de administração, antes duma reunião com as mulheres e com os jovens.
Antes do encontro de mulheres, seguindo a tradição da Via Campesina, organizou-se uma “mística” onde as mulheres apresentaram alguns problemas que têm que enfrentar, em particular os pássaros que destroiem tudo o que elas semeiam.
Logo a seguir, os temas dos debates foram entre outros: produção, transformação, comercialização, soberania alimentar e mudanças climáticas.
Em relação aos diferentes temas expostos, podemos constatar todas as dificuldades que essas mulheres devem enfrentar nos seus trabalhos, nomeadamente a nível da produção, do escoamento dos produtos para o mercado (transporte), venda, conservação de alimentos no âmbito da valorização dos produtos locais, irrigação para horticultura, dado que os espaços dedicados à horticultura não estão limpos por causa das aguas residuais. A pesar de todas as dificuldades, saudámos os esforços que elas fazem para com outras mulheres principalmente da capital Kinshasa, em matéria de sensibilização em prol de um consumo de produtos locais. E para apoiar as mulheres nesse sentido, a COPACO estableceu a data de 15 de Maio como sendo o Dia da Cozinha Congolesa, dia em que cada ano em todas as explotações familiares se recomenda o consumo de produtos locais.
A delegação da CNOP reagiu perante os diversos temas em função de cómo são vividos no Mali, em particular no que diz repeito à mecanização da Agricultura e os tractores, havendo em Mali o exemplo duma fábrica de montagem de tractores que não foi uma política que atingiu seu alvo. Do mesmo modo, acerca das mudanças climáticas, o exemplo foi dado do programa de chuva iniciado pelo Estado de Mali.
A tarde, realizou-se o encontro com os jovens da COPACO. Debatiu-se sobre as dificuldades da juventude congolesa na agricultura, das políticas de ajuda aos jovens em geral, em particular a juventude camponesa, nas areas de produção e comercialização.
Pudemos constatar que não existem políticas da parte do governo congolês com objetivo de apoiar a juventude camponesa e rural, isso devido ao facto de que a agricultura não é considerada uma prioridade nas políticas de desenvolvimento do país. Os jovens camponeses, que geralmente praticam horticultura e um pouco de criação de gado, tem que enfrentar o problema do escoamento da sua produção, em particular estradas e transportes, que prejudicam a comercialização.
Por isso, a COPACO está a sensibilizar a sociedade e os políticos para dar mais espaço e importãncia à agricultura.
No caso do Mali, mencionamos a existência da Agência de Promoção dos Jovens (APEJ), que chegou de instalar jovens recém-diplomados no campo, dando terra a eles. Os jovens da COPACO ficaram impressionados, e viram que pelo menos o estado de Mali presta atenção à sua juventude, o que não é o caso em Congo, onde a juventude é marginalizada.
- 3º e 4ºdia
O 3º dia da nossa visita foi dedicado a uma saída até o planalto “Batéké”, para nos encontrarmos com algumas organizações de camponeses membros da COPACO. Esta viagem começou com a visita à organização CRNEBES, um agrupamento de umas 30 familias dispondo de 3 hectares de terra cultivavel. Pudemos constatar que nessa explotação familial, a associação de algumas culturas como por exemplo: feijão verde com mandioca, que é a cultura básica no país, milho, gergelim. Ao lado dessas culturas, se pratica também horticultura, entre outras a cultura da maranta. Entendimos também que todas as 30 familias trabalham nos 3 hectares e se repartem a colheita no fim da safra. Aí vimos a diferença com Mali, em particular no que diz respeito ao tamanho da machamba, e ao facto de 30 familias partilharem 3 hectares.
Depois de CRNEBES, que só faz agricultura e horticultura, fomos até Mongata para visitar a Associação dos Farmeiros Independentes (AFI), especializada na criação de gado, guarda e venda de gado na parte oeste do país, onde passamos a noite. Pudemos ver que a criação de gado só se faz na parte oeste e este do país. A pesar dos esforços fornecidos por esses criadores de gado, também enfrentam problemas de transporte do gado. Também problema com a lentidão das vendas (1 mês ou mesmo 2 meses nalguns casos), e quando se fazem, muitas vezes fazem-se na base do crédito,onde serão precisos varios meses até receber o valor total da venda.
A outra constatação é que as raças criadas não produzem leite, e sabemos que essa associação venda de gado com venda de leite seria muito complementar e benéfica para a associação e as familias em particular, em particular nos períodos sem produção ou quando o dinheiro duma venda de gado demora a entrar.
Esta proposta que lhes fizemos, e exemplos muito concretos como os da mini-leiterias que estão a ser desenvolvidas noMali, suscitaram muito interesse da parte deles.
. O 4o dia foi dedicado a uma visita ao centro de campesinato de Nkiema, um centro que foi iniciado em 1958 pelos Belgas para desenvolver agricultura e criação de gado, para instalar pessoas sem emprego, no campo para trabalhar a terra. Hoje em dia este centro pertence ao Estado congolês, que deu á COPACO a responsabilidade de o gerir, já que é a unica concertação de todas as organizações de camponeses do país. Com 10.500 ha, um 1/3 ainda não está a ser utilizado, a pesar das doaçoes e subsídio em insumos que o Estado fornece ás familias que vivem no local.
As culturas semeadas são entre outros: mandioca, amendoim, feijão, milho, e o gado é principalmente o gado pequenino como a cabra e aves de criação. Também se pratica a associação de culturas no Centro, e a média da superficie por familia é 1 hectare.
Embora o Estado tenha instalado essas familias num terreno que pertence ao estado, há muitos chefes costumeiros que vêm ameaçar com a venda do terreno.
Podemos dizer que este Centro é uma iniciativa de saudar, resta à COPACO sensibilizar a população para que vá ocupar esse espaço e assim contribuir ao desenvolvimento da agricultura.
- 5º dia
O 5o dia consitiu na vista a horticultores agrupados na Associação pela Proteção do Meio Ambiente (APE). Conseguimos chegar até lá depois de muitas dificuldades na estrada de aréia, onde os 4x4 passam com menos dificuldades.
Criada em 1998, a associação trabalhar em 50 hectares, fazendo cultura associativa como : batata-taraud, matanta, moréal. As sementes para essas culturas sempre são compradas. A média de terra alocada a uma familia é de 1 hectare. Os problemas encontrados geralmente são problemas de espaço, de ferramentas e material, e de sementes.
Explicamos como fazemos em Mali em matéria de horticultura.
A visita continuou com o encontro com a Associação de Carniceiros e Farmeiros do Congo (ABFECO), outra associação membro da COPACO cuja missão é acompanhar os criadores de gado vindo de Bandundu e de Bacongo, onde são activos. A associação, oficialmente reconhecida em 2006, tem um matadouro onde se abatem entre 15 e 16 bois por dia. O clientes são os carniceiros que vêm aqui comprar a carne que depois revendem à população, e grandes climentes como são os supermercados ou mesmo familias.
A pesar dos esforços fornecidos, persistem dificuldades como ter clientes que compram a carne a crédito, taxas do Estado demasiadas elevadas, transporte do gado e da carne, considerando o estado das estradas e a distância para encaminhar-la até a capital.
Falamos sobre o que se faz no Mali nesse sector, e isso levantou muito interesse.
A ultima visita nesse dia foi para a Associação pela Promoção dos Camponeses dos Distritos de Kwango e Kwilu (APDK). Essa associação foi criada em 1996 com o propósito de facilitar o escoamento dos produtos dos camponeses que tinham muita dificuldade para o fazer. O mais sorpreendente é que, embora sua actividade sendo o transporte de produtos, não dispôe de veículos próprios, e tem que os alugar a donos que criam muitos problemas em particular com o pagamento do combustível, ou de manutenção em caso de avarias na estrada, a pesar de os contratos serem assinados anticipadamente. Esses contratos geralmente mencionam o facto de que deve se pagar uma garantia ao dono do veículo, e que as despesas de manutenção estão à carga do dono.
Do nosso ponto de vista, isso é uma actividade de risco, porque endivídam-se para pagar a garantia ao dono do carro, ou pagar o combustível ou tratar do carro nos casos de avaria, e a negação da parte do dono de tomar conta desses aspectos a pesar do contrato assinado. Também parece que esse trabalho não é rentável, mesmo se eles se empenham para o manter em pé.
Por esses motivos, aconselhamos a eles para rever sua maneira de fazer, e ao mesmo tempo sugerimos para que elaborassem um projecto com o objectivo de desenvolver seu trabalho com a ajuda da COPACO, que poderá talvez submeter a parceiros para financiamentos.
6º dia
O 6º dia foi dedicaco a uma reunião com todos os responsaveis de organizações membros da COPACO, para debater temas como Soberania Alimentar, APEs, OGMs, açambarcamento de terras e agrocombustiveis.
Considerando os debates tidos, nossa conclusão é que os problemas são quase os mesmo, assim como as actividades levadas a cabo, mesmo se nalguns casos o ângulo é um pouco difrente.
Sobre o tema da Soberania Alimentar, a COPACO como a CNOP está a defender este conceito no país para que o governo possa elaborar politicas que favoreçam seu desenvolvimento. Uma das actividades é o dia da cozinha congolesa a cada 15 de Maio, que é um dia de consumo de produtos locais em todas as familias camponesas da COPACO.
Em relação aos APES, nossa posição comum é muito clara, é um NÃO categórico, porque não estamos a ver quais vantagens hão de tirar os camponeses e seus productos frente a outros vindo de outros países para invadir nossos mercados locais.
Em relação dos OGMs, também nossa posição comum é negativas, e a COPACO está a levar a cabo actividades de sensibilização para seus membros. O que não é o caso em Mali porque um Lei foi aprovada para introduzir os OGMS, a pesar dos esforços e das lutas levadas pelas organizações de camponeses e da sociedade civil.
Sobre o tema de açambarcamento de terras, chegamos a conclusão que é um fenomeno que não só tem cada vez mais impacto, mas que se averigua em quase todos os países africanos. Em Congo, as zonas afectadas são Katanga, Bacongo, Gassaye, Kivu etc. Em Mali, a zona mais afectada é o Office do Niger, a principal zona produtora de arroz do país..
7º dia foi dia de descanso e visita guiada pela cidade de Kinshasa.
8º dia: era dia da nossa saída de Congo, mas ainda assim de manhã participamos dum debate televisivo organizado pela COPACO nas suas instalações. O objectivo era que nós, os Malianos, dessemos nossa posição sobre os temas como a soberania alimentar, os OGMs, a comercialização, açambarcamento de terras, para mostrar à população congolesa que as lutas dos camponeses são as mesmas, seja onde for.
III. IMPRESSÃO E AGRADECIMENTOS
Ficamos bastante impressionados com a organização da visita, a maneira como fomos recibidos, a mobilização das organizações membros a volta da nossa presença entre outros. Ficamos impressionados também pelo sistema de cultura que se beneficia de 2 temporadas de chuva, a grande que vai de Agosto até Outubro, e a pequena que vai de Fevereiro até Março.
Deploramos no entanto a falta de veículos da COPACO, que a pesar de ser o único quadro de concertação das organizações camposesas do país e a pesar da sua influência a nível político, não tem neste momento um único carro. Isso dificultou bastante as visitas às organizações membros, porque tivemos que ir de transportes semi publicos, conhecendo que esses veiculos não andam rapido, além dos engarrafamentos.
Nos alegramos desta visita de troca de experiência, foi muito positiva porque trocamos conhecimentos e práticas de ambos lados. Além idisso, nos permitiu ver com olho externo o dinamismo das nossas organizações de camponeses, e ver todos os esforços consentidos para o desenvolvimento da agricultura em Africa.
E enfim, queremos agradecer sinceramente a COPACO e todo seu pessoal, que a pesar dos recursos limitados se investiram totalmente para o éxito desta visita de troca de experiência. Nossos agradecimentos vão também para a Via Campesina Africa 1 que teve a boa iniciativa de elaborar esse projecto e de encontrar o financiamento para sua implementação.
Rapport de visite d'échange d'expérience entre la CNOP Mali et la COPACO de RDC
I. INTRODUCTION
C’est dans le cadre d’un projet d’échange d’expériences élaboré par la Via Campesina Afrique1, que nous avons effectué du 26 juillet au 31 Juillet 2010, une visite d’échange à la confédération paysanne du Congo (COPACO).
La délégation était composée de Lamine COULIBALY, coordonateur région 2 Afrique de Via Campesina et de Boba dit Abed NEGO DAKOUO, président de la commission céréale de l’Association des Organisations Professionnelles Paysannes (AOPP) membre de la CNOP.
L’échange visait les objectifs suivants :
- améliorer la connaissance mutuelle entre organisations africaines membres de LVC
- échanger des savoirs faire et des expériences dans différents domaines (organisation paysanne, production, commercialisation, formation, participation dans la construction de politiques publiques, incidence politique, etc.)
- établir des stratégies communes d’action pour la lutte contre les politiques néolibérales et pour la récupération de la souveraineté alimentaire dans les pays respectifs
- avoir une base de connaissance tant politique, économique, sociale ainsi que sur les droits des paysans, pour la diffusion et la multiplication de ces connaissances auprès de la majorité des paysans qui forment la base sociale du mouvement en Afrique.
II. DEROULEMENT DE LA MISSION
Arrivés le 26 dans la soirée et hébergés au centre Liloba, les activités ont démarré le 27 par une visite des locaux de la COPACO et une brève présentation de l’organisation et de ses membres du bureau venus nous accueillir avant de se réunir avec ses femmes et ses jeunes.
Avant la rencontre des femmes et conformément à la tradition de la Via Campesina, un mystica a été organisé par les femmes pour présenter quelques problèmes auxquels elles sont confrontées notamment les oiseaux qui détruisent tout ce qu’elles sèment.
Les thèmes qui ont fait ensuite l’objet de discussions sont entre autres : la production, la transformation, la commercialisation, la souveraineté alimentaire et les changements climatiques.
Vu le nombre important de femmes présente à la rencontre, la latitude à été laissée aux responsables et par filières (production de céréales, élevage et maraîchage, transformation, utilisation des semences précoces) de se prononcer par rapport aux différents thèmes avant d’être complété par les autres membres.
Au regard des différents exposés on a pu constater toutes les difficultés auxquelles ces femmes sont confrontées dans leurs travaux, notamment au niveau de la production, de l’évacuation de la production vers le marché (Transport), de la vente, de la conservation des aliments dans le cadre de la valorisation des produits locaux, d’eau pour le maraîchage étant donné que les espaces destinés pour le maraîchage ne sont pas propre à cause des eaux usées. Hormis ces difficultés, on a constaté aussi tous les efforts qu’elles mènent à l’endroit des autres femmes surtout de la capitale en termes de sensibilisation pour la consommation des produits locaux. Et pour appuyer les femmes dans le même sens, la COPACO a initié la date du 15 mai comme journée de la cuisine congolaise où dans toutes les exploitations familiales la consommation locale est exigée.
Quant à la délégation de la CNOP, elle a à son tour réagi par rapport aux différents thèmes tels qu’ils sont vécus au Mali, notamment la mécanisation de l’Agriculture en rapport avec les tracteurs et l’exemple a été pris sur l’usine de montage de tracteurs au Mali qui n’a pas été une politique qui a atteint véritablement sa cible. Egalement, à propos des changements climatiques, des exemples ont été pris notamment le programme de pluie provoqué initié par l’Etat malien.
. La Rencontre avec les jeunes de la COPACO qui a suivi dans l’après midi, a fait l’objet de discussion sur la jeunesse congolaise face à l’Agriculture, les politiques visant à aider la jeunesse en générale et en particulier celle paysanne, notamment dans le domaine de la production et de la commercialisation.
A la lumière de discussion, on a pu constater qu’il n’existe pas de politiques de la part de l’Etat congolais visant à aider la jeunesse surtout paysanne, car dû au fait que l’Agriculture n’est pas mis aux premiers plans dans les politiques de développement du pays. La jeunesse paysanne qui, dans la généralité fait le maraîchage et un peu d’élevage est aussi confrontée à des difficultés notamment des difficultés dues à l’évacuation de la production causée par des tracasseries routières qui jouent sur la commercialisation.
C’est pourquoi la COPACO est entrain de sensibiliser et les politiques et la population d’une façon générale à s’adonner à l’Agriculture.
Se référant sur le cas du Mali, notamment avec l’Agence de Promotion des Jeunes (APEJ) qui a installé des jeunes diplômés dans les campagnes et en les octroyant des terres, les jeunes ont trouvé que le Mali fait au moins des efforts pour aider sa jeunesse alors que tel n’est pas le cas au Congo où la jeunesse est marginalisée.
- 3ème et 4ème jour
Le troisième jour de notre visite a été consacré à une sortie au plateau « Batéké » pour rencontrer quelques OP membres de la COPACO. Cette étape de visite a commencé par l’OP CRNEBES, un regroupement de 30 familles et disposant de 3 hectares de terre cultivable. On a pu constater dans cette exploitation familiale l’association de certaines cultures notamment : le haricot vert avec le manioc qui est la culture de base du pays, le maïs, le sésame,…A côté de ses cultures, le maraîchage est aussi pratiqué avec notamment la culture de la maranta. On a aussi compris que les 30 familles travaillent toutes dans les 3 hectares et se partagent la production à la fin de la récolte.
A ce niveau a pu faire une différenciation avec la culture pratiquée au Mali, notamment de part la superficie de champs cultivé et pour chaque céréale et le fait que 30 familles se partagent 3 hectares.
Après CRNEBES qui ne fait que l’agriculture et le maraîchage, nous nous sommes rendus à Mongata pour visiter l’Association des Fermiers Indépendants (AFI) spécialisée dans l’élevage, le gardiennage et la vente du bétail à l’ouest du pays où nous passerons la nuit. On a pu constater que l’élevage est développé dans seulement les zones est et ouest du pays. Bien que des efforts soient déployés par ces éleveurs, des difficultés sont toujours consenties notamment dans l’acheminement du bétail acheté dans d’autres contrés vers le pâturage AFI. D’autres difficultés sont aussi consenties au niveau de la vente qui est très souvent lente (un mois voire deux des fois) même si elle se réalise, elle se fait généralement sur la base du crédit dont il faudra attendre plusieurs mois avant de recevoir la somme due.
L’autre constat est que les races élevées ne font pas de lait, quand on sait que cette association de vente bétails et de lait s’avère complémentaire et bénéfique pour l’association en générale et la famille d’éleveur en particulier car contribuant favorablement au rendement surtout en période de soudure ou la vente est lente.
Cette proposition qu’on leur a faite avec des conseils et des exemples de cas, notamment des mini laiteries qui sont entrain d’être développées au Mali, a été très bien pris à bras le corps et a même suscité beaucoup d’intérêt de leur part.
. Le quatrième jour a été consacré à la visite du centre paysannat de Nkiema, qui est un centre initié depuis 1958 par les Belges pour développer l’agriculture et l’élevage et installant les sans emplois voulant exploiter la terre. Il est de nos jours repris par l’Etat congolais dans le même sens et confié à la COPACO pour gestion, qui est l’unique cadre de concertation de toutes les OP du pays. Bien qu’il ait une superficie de 10500 hectares, les 1/3 ne sont pas à présent utilisés malgré les dons ou subventions en intrants de l’Etat vis-à-vis des exploitations familiales se trouvant sur place.
Les cultures y effectués sont entre autres : le manioc, l’arachide, le haricot, le maïs,… et son élevage est principalement consacré aux petits bétails notamment la chèvre et la volaille. L’association des cultures est aussi pratiquée dans le centre et la superficie moyenne allouée est d’un hectare.
Bien que l’Etat leur ait installé sur un espace qui l’appartient, des propriétaires coutumiers viennent très souvent leur menacer de vendre.
On peut dire en gros que c’est une initiative à saluer, il reste à la COPACO de sensibiliser la population d’aller occuper l’espace afin de contribuer au développement de l’agriculture.
- 5ème jour
Le cinquième jour a consisté à la visite des maraîchers qui sont regroupés au sein d’une Association dénommée : l’Association pour la Protection de l’Environnement (APE). On a pu atteindre ceux–ci après de véritables tracasseries dues à une route sablonneuse où seuls les 4x4 passent avec moins de difficultés.
Créée en 1998, l’association est regroupée autour de 50 hectares et faisant la culture associative notamment : patate-taraud, maranta, moréal. Les semences de ses cultures sont toujours achetées. La moyenne de terre allouée à une famille est d’un hectare. Les problèmes rencontrés sont généralement des problèmes d’espace, de matériels et de semences.
Des explications ont été données par rapport à notre façon de faire au Mali en termes de maraîchage.
La visite a continué pour la rencontre de l’Association des Bouchers et Fermiers du Congo (ABFECO), une autre association membre de la COPACO dont sa mission est d’encadrer les éleveurs en provenance de Bandundu et de Bacongo où ils sont actifs. L’association, officiellement reconnue en 2006, dispose d’un abattoir où 15,5 à 16 bœufs sont abattus par jour. Les clients entre autres les bouchers qui viennent s’approvisionner pour ravitailler la population et les grande maisons que sont : les supermarchés et même des familles.
Au regard des efforts fournis, des difficultés persistent notamment à avoir des clients solvables qui prennent la viande en crédit, au niveau des taxes de l’Etat qui est trop élevée et au niveau de l’évacuation des bêtes compte tenu de la distance et les tracasseries routières pour les acheminer vers la capitale.
S’agissant du cas du Mali des explications qui leur ont été données, ont suscité beaucoup d’attentions et intérêts.
L’Association pour la Promotion des Paysans des Districts de Kwango et Kwilu (APDK) a été le dernière association visitée lors de cette journée de visite aux OP de Kinshasa. Cette association est créée en 1996 dans le souci de faciliter l’évacuation des produits des paysans qui avaient de grandes difficultés. Ce qui est éténonnant c’est que, bien qu’elle évolue dans le transport, elle ne dispose pas de véhicule à son compte et est obligée d’en louer avec des propriétaires qui leurs posent d’enormes problèmes notamment pour le paiement de carburant, ou de reparation en cas de panne sur la route et bien que des contrats soient établis avant. Ces contrats sont généralement de deux sortes dont dans le premier cas ils payent une garantie au propriétaire et dans le deuxième cas, toutes les dépenses du véhicules sont à la charge du propriétaire.
Au régard de leur façon de faire, on a remarqué que c’est un travail à risque dans la mésure où ils s’endettent pour payer une garantie au propriétaire du véhicule ou payer du carburant ou encore reparer le véhicule en cas de panne sur la route et le réfus des fois du propriétaire de le prendre en charge malgré le contrat. On a aussi compris que ce n’est pas un travail rentable malgré leur attachement.
Par conséquent, des conseils leur ont été prodigués quant à la révision de leur façon de faire et en même temps il leur a été proposé d’élaborer un projet en vu de développer leur travail avec l’aide de la COPACO, qu’ils pourront soumettre à des partenaires pour financement.
6ème jour
Le 6ème jour a été consacré à la réunion avec tous les responsables d’OP membres de la COPACO où les thématiques Souveraineté alimentaire, les APE, les OGM, l’accaparement des terres et les agro carburants ont été fortement discutées.
Au regard des discussions, il a été conclu que les problèmes s’avèrent pratiquement les mêmes et les activités menées même si les angles sont quelques fois différents, sont généralement les mêmes aussi.
Quant à la Souveraineté alimentaire, la COPACO tout comme la CNOP est entrain de la défendre dans le pays afin que le gouvernement puisse mettre en place des politiques favorisant son développement, notamment par l’organisation de la cuisine congolaise tous les 15 mai, qui est un jour de consommation locale dans toutes les familles paysannes de la COPACO.
Par rapport aux APE, la position est claire c’est le NON total, car ne voyant pas d’avantages pour les paysans et leurs produits qui seront face à d’autres qui viendront d’autres pays envahir les marchés.
Par rapport aux OGM, la position est également négative et des sensibilisations sont entrain d’être mené par la COPACO à l’endroit de ses membres. Ce qui n’est pas le cas au Mali où l’Etat a voté la loi introduisant les OGM malgré les efforts et les combats menés par les organisations paysannes et la société civile.
Quant à l’accaparement des terres, on a conclu que c’est un phénomène qui, non seulement prend de plus de l’ampleur, mais aussi, est constaté pratiquement dans tous les pays africains. Au Congo, les zones concernées sont notamment : le Katanga, le Bacongo, le Gassaye, le Kivu, etc. Alors qu’au Mali la zone visée est l’Office du Niger qui la principale zone rizicole du pays.
Le septième jour a été consacré au jour de repos et une visite guidée dans la ville de Kinshasa.
Le huitième jour qui correspondait à la date de notre retour au Mali, a vu la matinée consacrée à un débat télévisé organisé par la COPACO à son siège où nous (délégation malienne) étions les invités. Il s’agissait au cour de ce débat de donner notre (CNOP-MALI) position sur les thématiques telles que: la souveraineté alimentaire, les OGM, la commercialisation, l’accaparement des terres, afin de montrer à la population congolaise que les combats des paysans sont toujours les mêmes.
III. IMPRESSIONS ET REMERCIEMENTS
Nous avons particulièrement été impressionnés par l’organisation de la visite, en termes d’accueil, de mobilisation d’OP membres, etc. Nous avons aussi été impressionnés par leur système de culture qui bénéficie de deux saisons de pluie à savoir la grande (qui commence d’août à octobre) et la petite (qui commence de février à mars).
Mais, ce qu’on a déploré, c’est le manque de moyen de déplacement à la COPACO, qui, de part son statut de seul cadre de concertation des organisations paysannes du pays et malgré son influence vis-à-vis de l’Etat, ne dispose pas à présent d’un moyen de déplacement. Ce qui a considérablement joué sur la visite des OP, car, obligeant de prendre des transports en commun pour aller à la rencontre des OP et quand on sait à combien ces transports en commun ont des vitesses limitées surtout avec les embouteillages.
Nous pouvons se réjouir de cette échange d’expériences, car elle a été très bénéfique dans la mesure où des connaissances et pratiques ont été échangés de part et d’autre. De l’autre côté, elle nous a permis de savoir d’un œil extérieur le dynamisme de nos organisations paysannes et savoir aussi que des efforts sont consentis pour le développement de notre Agriculture.
En définitive, nous adressons nos sincères remerciements à la Confédération paysanne du Congo (COPACO) et à l’ensemble de son personnel, qui, malgré les moyens limités se sont investi pour la réussite de cette visite d’échange d’expériences. Nos remerciements s’adressent aussi à La Via Campesina Afrique 1 pour avoir eu la bonne initiative de monter un tel projet et d’avoir trouver le financement pour sa mise en œuvre.
C’est dans le cadre d’un projet d’échange d’expériences élaboré par la Via Campesina Afrique1, que nous avons effectué du 26 juillet au 31 Juillet 2010, une visite d’échange à la confédération paysanne du Congo (COPACO).
La délégation était composée de Lamine COULIBALY, coordonateur région 2 Afrique de Via Campesina et de Boba dit Abed NEGO DAKOUO, président de la commission céréale de l’Association des Organisations Professionnelles Paysannes (AOPP) membre de la CNOP.
L’échange visait les objectifs suivants :
- améliorer la connaissance mutuelle entre organisations africaines membres de LVC
- échanger des savoirs faire et des expériences dans différents domaines (organisation paysanne, production, commercialisation, formation, participation dans la construction de politiques publiques, incidence politique, etc.)
- établir des stratégies communes d’action pour la lutte contre les politiques néolibérales et pour la récupération de la souveraineté alimentaire dans les pays respectifs
- avoir une base de connaissance tant politique, économique, sociale ainsi que sur les droits des paysans, pour la diffusion et la multiplication de ces connaissances auprès de la majorité des paysans qui forment la base sociale du mouvement en Afrique.
II. DEROULEMENT DE LA MISSION
Arrivés le 26 dans la soirée et hébergés au centre Liloba, les activités ont démarré le 27 par une visite des locaux de la COPACO et une brève présentation de l’organisation et de ses membres du bureau venus nous accueillir avant de se réunir avec ses femmes et ses jeunes.
Avant la rencontre des femmes et conformément à la tradition de la Via Campesina, un mystica a été organisé par les femmes pour présenter quelques problèmes auxquels elles sont confrontées notamment les oiseaux qui détruisent tout ce qu’elles sèment.
Les thèmes qui ont fait ensuite l’objet de discussions sont entre autres : la production, la transformation, la commercialisation, la souveraineté alimentaire et les changements climatiques.
Vu le nombre important de femmes présente à la rencontre, la latitude à été laissée aux responsables et par filières (production de céréales, élevage et maraîchage, transformation, utilisation des semences précoces) de se prononcer par rapport aux différents thèmes avant d’être complété par les autres membres.
Au regard des différents exposés on a pu constater toutes les difficultés auxquelles ces femmes sont confrontées dans leurs travaux, notamment au niveau de la production, de l’évacuation de la production vers le marché (Transport), de la vente, de la conservation des aliments dans le cadre de la valorisation des produits locaux, d’eau pour le maraîchage étant donné que les espaces destinés pour le maraîchage ne sont pas propre à cause des eaux usées. Hormis ces difficultés, on a constaté aussi tous les efforts qu’elles mènent à l’endroit des autres femmes surtout de la capitale en termes de sensibilisation pour la consommation des produits locaux. Et pour appuyer les femmes dans le même sens, la COPACO a initié la date du 15 mai comme journée de la cuisine congolaise où dans toutes les exploitations familiales la consommation locale est exigée.
Quant à la délégation de la CNOP, elle a à son tour réagi par rapport aux différents thèmes tels qu’ils sont vécus au Mali, notamment la mécanisation de l’Agriculture en rapport avec les tracteurs et l’exemple a été pris sur l’usine de montage de tracteurs au Mali qui n’a pas été une politique qui a atteint véritablement sa cible. Egalement, à propos des changements climatiques, des exemples ont été pris notamment le programme de pluie provoqué initié par l’Etat malien.
. La Rencontre avec les jeunes de la COPACO qui a suivi dans l’après midi, a fait l’objet de discussion sur la jeunesse congolaise face à l’Agriculture, les politiques visant à aider la jeunesse en générale et en particulier celle paysanne, notamment dans le domaine de la production et de la commercialisation.
A la lumière de discussion, on a pu constater qu’il n’existe pas de politiques de la part de l’Etat congolais visant à aider la jeunesse surtout paysanne, car dû au fait que l’Agriculture n’est pas mis aux premiers plans dans les politiques de développement du pays. La jeunesse paysanne qui, dans la généralité fait le maraîchage et un peu d’élevage est aussi confrontée à des difficultés notamment des difficultés dues à l’évacuation de la production causée par des tracasseries routières qui jouent sur la commercialisation.
C’est pourquoi la COPACO est entrain de sensibiliser et les politiques et la population d’une façon générale à s’adonner à l’Agriculture.
Se référant sur le cas du Mali, notamment avec l’Agence de Promotion des Jeunes (APEJ) qui a installé des jeunes diplômés dans les campagnes et en les octroyant des terres, les jeunes ont trouvé que le Mali fait au moins des efforts pour aider sa jeunesse alors que tel n’est pas le cas au Congo où la jeunesse est marginalisée.
- 3ème et 4ème jour
Le troisième jour de notre visite a été consacré à une sortie au plateau « Batéké » pour rencontrer quelques OP membres de la COPACO. Cette étape de visite a commencé par l’OP CRNEBES, un regroupement de 30 familles et disposant de 3 hectares de terre cultivable. On a pu constater dans cette exploitation familiale l’association de certaines cultures notamment : le haricot vert avec le manioc qui est la culture de base du pays, le maïs, le sésame,…A côté de ses cultures, le maraîchage est aussi pratiqué avec notamment la culture de la maranta. On a aussi compris que les 30 familles travaillent toutes dans les 3 hectares et se partagent la production à la fin de la récolte.
A ce niveau a pu faire une différenciation avec la culture pratiquée au Mali, notamment de part la superficie de champs cultivé et pour chaque céréale et le fait que 30 familles se partagent 3 hectares.
Après CRNEBES qui ne fait que l’agriculture et le maraîchage, nous nous sommes rendus à Mongata pour visiter l’Association des Fermiers Indépendants (AFI) spécialisée dans l’élevage, le gardiennage et la vente du bétail à l’ouest du pays où nous passerons la nuit. On a pu constater que l’élevage est développé dans seulement les zones est et ouest du pays. Bien que des efforts soient déployés par ces éleveurs, des difficultés sont toujours consenties notamment dans l’acheminement du bétail acheté dans d’autres contrés vers le pâturage AFI. D’autres difficultés sont aussi consenties au niveau de la vente qui est très souvent lente (un mois voire deux des fois) même si elle se réalise, elle se fait généralement sur la base du crédit dont il faudra attendre plusieurs mois avant de recevoir la somme due.
L’autre constat est que les races élevées ne font pas de lait, quand on sait que cette association de vente bétails et de lait s’avère complémentaire et bénéfique pour l’association en générale et la famille d’éleveur en particulier car contribuant favorablement au rendement surtout en période de soudure ou la vente est lente.
Cette proposition qu’on leur a faite avec des conseils et des exemples de cas, notamment des mini laiteries qui sont entrain d’être développées au Mali, a été très bien pris à bras le corps et a même suscité beaucoup d’intérêt de leur part.
. Le quatrième jour a été consacré à la visite du centre paysannat de Nkiema, qui est un centre initié depuis 1958 par les Belges pour développer l’agriculture et l’élevage et installant les sans emplois voulant exploiter la terre. Il est de nos jours repris par l’Etat congolais dans le même sens et confié à la COPACO pour gestion, qui est l’unique cadre de concertation de toutes les OP du pays. Bien qu’il ait une superficie de 10500 hectares, les 1/3 ne sont pas à présent utilisés malgré les dons ou subventions en intrants de l’Etat vis-à-vis des exploitations familiales se trouvant sur place.
Les cultures y effectués sont entre autres : le manioc, l’arachide, le haricot, le maïs,… et son élevage est principalement consacré aux petits bétails notamment la chèvre et la volaille. L’association des cultures est aussi pratiquée dans le centre et la superficie moyenne allouée est d’un hectare.
Bien que l’Etat leur ait installé sur un espace qui l’appartient, des propriétaires coutumiers viennent très souvent leur menacer de vendre.
On peut dire en gros que c’est une initiative à saluer, il reste à la COPACO de sensibiliser la population d’aller occuper l’espace afin de contribuer au développement de l’agriculture.
- 5ème jour
Le cinquième jour a consisté à la visite des maraîchers qui sont regroupés au sein d’une Association dénommée : l’Association pour la Protection de l’Environnement (APE). On a pu atteindre ceux–ci après de véritables tracasseries dues à une route sablonneuse où seuls les 4x4 passent avec moins de difficultés.
Créée en 1998, l’association est regroupée autour de 50 hectares et faisant la culture associative notamment : patate-taraud, maranta, moréal. Les semences de ses cultures sont toujours achetées. La moyenne de terre allouée à une famille est d’un hectare. Les problèmes rencontrés sont généralement des problèmes d’espace, de matériels et de semences.
Des explications ont été données par rapport à notre façon de faire au Mali en termes de maraîchage.
La visite a continué pour la rencontre de l’Association des Bouchers et Fermiers du Congo (ABFECO), une autre association membre de la COPACO dont sa mission est d’encadrer les éleveurs en provenance de Bandundu et de Bacongo où ils sont actifs. L’association, officiellement reconnue en 2006, dispose d’un abattoir où 15,5 à 16 bœufs sont abattus par jour. Les clients entre autres les bouchers qui viennent s’approvisionner pour ravitailler la population et les grande maisons que sont : les supermarchés et même des familles.
Au regard des efforts fournis, des difficultés persistent notamment à avoir des clients solvables qui prennent la viande en crédit, au niveau des taxes de l’Etat qui est trop élevée et au niveau de l’évacuation des bêtes compte tenu de la distance et les tracasseries routières pour les acheminer vers la capitale.
S’agissant du cas du Mali des explications qui leur ont été données, ont suscité beaucoup d’attentions et intérêts.
L’Association pour la Promotion des Paysans des Districts de Kwango et Kwilu (APDK) a été le dernière association visitée lors de cette journée de visite aux OP de Kinshasa. Cette association est créée en 1996 dans le souci de faciliter l’évacuation des produits des paysans qui avaient de grandes difficultés. Ce qui est éténonnant c’est que, bien qu’elle évolue dans le transport, elle ne dispose pas de véhicule à son compte et est obligée d’en louer avec des propriétaires qui leurs posent d’enormes problèmes notamment pour le paiement de carburant, ou de reparation en cas de panne sur la route et bien que des contrats soient établis avant. Ces contrats sont généralement de deux sortes dont dans le premier cas ils payent une garantie au propriétaire et dans le deuxième cas, toutes les dépenses du véhicules sont à la charge du propriétaire.
Au régard de leur façon de faire, on a remarqué que c’est un travail à risque dans la mésure où ils s’endettent pour payer une garantie au propriétaire du véhicule ou payer du carburant ou encore reparer le véhicule en cas de panne sur la route et le réfus des fois du propriétaire de le prendre en charge malgré le contrat. On a aussi compris que ce n’est pas un travail rentable malgré leur attachement.
Par conséquent, des conseils leur ont été prodigués quant à la révision de leur façon de faire et en même temps il leur a été proposé d’élaborer un projet en vu de développer leur travail avec l’aide de la COPACO, qu’ils pourront soumettre à des partenaires pour financement.
6ème jour
Le 6ème jour a été consacré à la réunion avec tous les responsables d’OP membres de la COPACO où les thématiques Souveraineté alimentaire, les APE, les OGM, l’accaparement des terres et les agro carburants ont été fortement discutées.
Au regard des discussions, il a été conclu que les problèmes s’avèrent pratiquement les mêmes et les activités menées même si les angles sont quelques fois différents, sont généralement les mêmes aussi.
Quant à la Souveraineté alimentaire, la COPACO tout comme la CNOP est entrain de la défendre dans le pays afin que le gouvernement puisse mettre en place des politiques favorisant son développement, notamment par l’organisation de la cuisine congolaise tous les 15 mai, qui est un jour de consommation locale dans toutes les familles paysannes de la COPACO.
Par rapport aux APE, la position est claire c’est le NON total, car ne voyant pas d’avantages pour les paysans et leurs produits qui seront face à d’autres qui viendront d’autres pays envahir les marchés.
Par rapport aux OGM, la position est également négative et des sensibilisations sont entrain d’être mené par la COPACO à l’endroit de ses membres. Ce qui n’est pas le cas au Mali où l’Etat a voté la loi introduisant les OGM malgré les efforts et les combats menés par les organisations paysannes et la société civile.
Quant à l’accaparement des terres, on a conclu que c’est un phénomène qui, non seulement prend de plus de l’ampleur, mais aussi, est constaté pratiquement dans tous les pays africains. Au Congo, les zones concernées sont notamment : le Katanga, le Bacongo, le Gassaye, le Kivu, etc. Alors qu’au Mali la zone visée est l’Office du Niger qui la principale zone rizicole du pays.
Le septième jour a été consacré au jour de repos et une visite guidée dans la ville de Kinshasa.
Le huitième jour qui correspondait à la date de notre retour au Mali, a vu la matinée consacrée à un débat télévisé organisé par la COPACO à son siège où nous (délégation malienne) étions les invités. Il s’agissait au cour de ce débat de donner notre (CNOP-MALI) position sur les thématiques telles que: la souveraineté alimentaire, les OGM, la commercialisation, l’accaparement des terres, afin de montrer à la population congolaise que les combats des paysans sont toujours les mêmes.
III. IMPRESSIONS ET REMERCIEMENTS
Nous avons particulièrement été impressionnés par l’organisation de la visite, en termes d’accueil, de mobilisation d’OP membres, etc. Nous avons aussi été impressionnés par leur système de culture qui bénéficie de deux saisons de pluie à savoir la grande (qui commence d’août à octobre) et la petite (qui commence de février à mars).
Mais, ce qu’on a déploré, c’est le manque de moyen de déplacement à la COPACO, qui, de part son statut de seul cadre de concertation des organisations paysannes du pays et malgré son influence vis-à-vis de l’Etat, ne dispose pas à présent d’un moyen de déplacement. Ce qui a considérablement joué sur la visite des OP, car, obligeant de prendre des transports en commun pour aller à la rencontre des OP et quand on sait à combien ces transports en commun ont des vitesses limitées surtout avec les embouteillages.
Nous pouvons se réjouir de cette échange d’expériences, car elle a été très bénéfique dans la mesure où des connaissances et pratiques ont été échangés de part et d’autre. De l’autre côté, elle nous a permis de savoir d’un œil extérieur le dynamisme de nos organisations paysannes et savoir aussi que des efforts sont consentis pour le développement de notre Agriculture.
En définitive, nous adressons nos sincères remerciements à la Confédération paysanne du Congo (COPACO) et à l’ensemble de son personnel, qui, malgré les moyens limités se sont investi pour la réussite de cette visite d’échange d’expériences. Nos remerciements s’adressent aussi à La Via Campesina Afrique 1 pour avoir eu la bonne initiative de monter un tel projet et d’avoir trouver le financement pour sa mise en œuvre.
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